Este split vale essencialmente pela cover que Monarch faz de Turbonegro. Não que a música instrumentalmente sofra grandes alterações, mas ouvir o "I Got Erection" com a voz da Emilie Bresson faz toda a diferença.
Se o ano passado foi o ano de Zola Jesus, este ano pode muito bem vir a ser o ano da Anna Calvi. Misturando influências claras de Siouxsie e até mesmo de PJ Harvey, este álbum é daqueles que seria bem apresentado num cabaret fumarento e com o glamour perdido ao longo dos anos.
Se me perguntassem qual a banda que me surpreende a cada álbum, a resposta seria bastante fácil. São os Boris. A banda que consegue consumir os meus ouvidos com noise, é também a banda que consegue fazer um álbum de Japanese Pop e com faixas que me fazem lembrar o eurodance da década de 90. Genuínos e surpreendentes estes Boris.
Não tão surpreendente como o "New Album". Torna-se curioso pelas mutações que conseguem fazer no som. Momentos de noise, de jazz e até de kraut.
Ao contrário daquilo que o título faz supor, este álbum não é minimamente uma colecção de erros, mas sim de acertos. O álbum com mais groove que tive oportunidade de ouvir este ano e um dos álbuns em que mais se nota a participação de elementos externos ao projecto. Eberhard Kranemann, membro fundador dos Kraftwerk e dos Neu!, contribui nos sintetizadores e na guitarra, sendo altamente perceptível os momentos em que ele está mais envolvido. Misturar a sonoridade de Nurse With Wound com kraut só poderia resultar num grande álbum.
Para este álbum não foram utilizados quaisquer instrumentos. Trata-se da manipulação constante de feedback. É um disco bastante arrojado, pelo conceito que envolve, mas daí não advém a qualidade máxima. Cansativo por vezes, estimulante em alguns momentos.
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