"Envergonhado e surdo de tanto ouvir impropérios, na recta final dos anos 90, o rock encontrava conforto e compreensão em terras japonesas. Afinal, pelo menos, do sol nascente tinha notícias de seguidores, fortes e saudáveis, chamados Ruins, Boredoms e Keiji Haino. E de bons aliados que assinavam Masonna ou Merzbow.
Portugal ou, para sermos mais exactos, Lisboa, teve o privilégio de receber uma visita desse Japão. Foi algures em 1997, num concerto discreto, quase secreto, na Caixa Económica Operária (ou seria A Voz do Operário?). Vindos de Tóquio, os Zeni Geva sopraram o vento do som pelo palco e limparam os ouvidos dos presentes com uma combinação noise-prog-grind-hardcore.
KK Null (o líder guitarrista e vocalista) esteve incontrolável e com a ajuda dos outros dois músicos (Eito Noro era, à época, o dono da bateria) deu uma lição sobre a vida e a morte do rock mais pesado. Sem medo do virtuosismo e do risco (estético).
Os Zeni Geva não eram anónimos quando aqui aportaram. Editavam pela Skin-Graft (cuja história merece ser contada), tinham fãs em Steve Albini, Jello Biafra, nos Boredoms e nos Neurosis e, naquela noite, apontaram alguns dos caminhos que hoje muita gente trilha. Que o diga o metal e o noise. Regressam agora e com o primeiro baterista Tatsuya Yoshida. O reencontro está, pois, marcado." in zedosbois.org
Portugal ou, para sermos mais exactos, Lisboa, teve o privilégio de receber uma visita desse Japão. Foi algures em 1997, num concerto discreto, quase secreto, na Caixa Económica Operária (ou seria A Voz do Operário?). Vindos de Tóquio, os Zeni Geva sopraram o vento do som pelo palco e limparam os ouvidos dos presentes com uma combinação noise-prog-grind-hardcore.
KK Null (o líder guitarrista e vocalista) esteve incontrolável e com a ajuda dos outros dois músicos (Eito Noro era, à época, o dono da bateria) deu uma lição sobre a vida e a morte do rock mais pesado. Sem medo do virtuosismo e do risco (estético).
Os Zeni Geva não eram anónimos quando aqui aportaram. Editavam pela Skin-Graft (cuja história merece ser contada), tinham fãs em Steve Albini, Jello Biafra, nos Boredoms e nos Neurosis e, naquela noite, apontaram alguns dos caminhos que hoje muita gente trilha. Que o diga o metal e o noise. Regressam agora e com o primeiro baterista Tatsuya Yoshida. O reencontro está, pois, marcado." in zedosbois.org
Amanhã na ZDB por 8€ é possível ver uma personagem mítica do noise. Vamos lá embora!
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