domingo, 8 de junho de 2008

Primavera Sound 2008


Algumas considerações acerca do festival:
  • O recinto é enorme e ao contrário do que acontece no Summercase a organização opta por maximizar totalmente o espaço. Ao invés de utilizar tendas como no Summercase, são utilizados palcos ao ar livre. O principal aspecto positivo em relação a este facto é que não se criam verdadeiras estufas de calor e fumo;

  • O cenário é lindo, com um dos palcos com vista para o mar;

  • É difícil escolher perante tanta opção, o que faz com que muitas vezes tivesse que optar por uma determinada banda em detrimento de outra. Escolher entre 6 palcos não é fácil;

  • Quando não se está entretido com os concertos, é sempre bom olhar em volta e ver a quantidade de personagens que surgem nestas ocasiões. Malta com colares com o símbolo da Volkswagen tirado de um carro não se vê todos os dias;

  • Tal como em todos os festivais há malta que bebe até cair para o lado. Até aí tudo bem, o pior é quando incomodam quem está pela música;

  • Em relação a Barcelona, a cidade continua a ser encantadora e a cada passagem mais me fascina. No entanto, há que ter cuidado com a malta turca. Ir de metro às 5 da manhã não é propriamente seguro e, é constante a insegurança que estes elementos criam com constantes provocações. Este fenómeno infelizmente parece generalizado;

  • Os preços da bebida e da comida são altos. Por isso, ou leva umas sandochas ou o estrago pode ser avultado. Uma cerveja de 0.5l custa 4€, ao passo que uma água custa 1€;

  • Actuações reduzidas. Nenhuma das bandas ultrapassou a 1h30m de actuação. Em festivais infelizmente não dá para mais.

Passando às bandas:

Explosions in the Sky: A razão pela qual fui ao festival. Não podia ficar mais satisfeito com a actuação destes senhores. Foi perfeito. Ouvir Greet Death, e muitas outras ao vivo é indescritível. Para além disso, os elementos da banda pareceram bastante simpáticos e acessíveis. Espero um dia puder assistir a actuação em nome próprio.

Health: Que concertaço. Dos 30 minutos mais intensos que alguma vez vi. Esta banda deve ter ouvido muito grind. Em palco ficam possessos.

Fuck Buttons: Um das bandas que mais queria ver e que superou as expectativas. O álbum é excepcional e ao vivo materializam a excelência do mesmo.

MGMT: Interessante. Tal como o álbum, também ao vivo nem todas as músicas me convencem. O concerto acabou com a Kids que marcou um dos momentos do concerto.

Devo: Fenomenal. São uns cotas cheios de força. "Whip It" foi genial. São uma lenda e como tal o concerto só podia ser lendário. Em termos cénicos fazem-me lembrar muitas vezes os Kraftwerk.

OM: Entediante. Não me convencem em disco e ao vivo muito menos.

Animal Collective: Aparentemente os concertos são como os álbuns, difíceis de interiorizar. Se em Lisboa ficaram àquem das expectativas, desta vez consegui usufruir ao máximo da actuação e o choque de deixarem algumas malhas do "Feels" já não aconteceu.

Boris: Gostei mais em Lisboa. Tenho a certeza que quase ninguém os conhecia e, como tal, foi difícil cativar a plateia. A voz muitas vezes não se fez ouvir o que prejudicou a actuação.

Vampire Weekend: A banda que vi depois de EITS e como tal não consegui disfrutar ao máximo. Aparentam ser competentes, mas no Alive será possível fazer uma apreciação mais elaborada.

Midinight Juggernauts: Contagiante. Uma performance cheia de força. Muito acima daquilo que pensei que poderia ser a reprodução do álbum ao vivo.

British Sea Power: Ouvi as faixas que queria e depois fiz-me à estrada para ganhar posição no concerto de Boris.

Rufus Wainwright: É sempre um prazer ouvir um dos melhores songwriters da actualidade. Depois de o ver 3 vezes continua a despertar interesse. Pena a actuação reduzida.

Bon Iver: Interessante. Depois de 2 dias a ouvir "barulho" foi bom ouvir algo acústico.

Scout Niblett: Tem momentos agradáveis e tem potencial, mas torna-se mutio repetitivo.

Okkervil River e Mission of Burma: Razoável. Passadas algumas músicas deixa de ter piada.

Nota negativa para Shellac, Autolux, Enon, Les savy Fav que conseguiram maçar-me ao ponto de não ver a totalidade do concerto.

Grande festival. Grande ambiente. Para o ano espero voltar.

4 comentários:

::Andre:: disse...

A descascar em Om e Shellac? Foram assim tão maus?

Tiago Esteves disse...

Eu n gosto de nenhuma das bandas e como tal foi uma seca descomunal lolol

::Andre:: disse...

Om é tão bom, se soubesses a sorte que tiveste...

Tiago Esteves disse...

Pois...n lhes acho grande piada :\